Climes to Go
Climes to Go: A corrida de Cascais a Glasgow da forma mais sustentável possível
De Cascais - passando por Espanha, França e Reino Unido - rumo a Glasgow, que em novembro acolhe a Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP26). Doze jovens portugueses embarcaram nesta iniciativa de dez dias e cerca de três mil quilómetros da Climes to Go, onde o objetivo não é chegar primeiro, mas sim, da forma mais sustentável e com o maior impacto positivo nas comunidades. O Oney não ficou indiferente e juntou-se ao desafio.
Com o objetivo de ser o mais sustentável possível e de alertar as comunidades para as alterações climáticas, três equipas compostas por quatro jovens partiram do Centro de Interpretação da Ponta do Sal, em Cascais, rumo a Glasgow na passada sexta-feira, 22 de outubro. A iniciativa da autoria da Get2C e da Earth Watchers em parceria com a Câmara Municipal de Cascais e a Embaixada Britânica e com o apoio do Oney Bank, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Grupo Altri foi criada com o intuito de realizar a verdadeira corrida contra o tempo, pelo combate às alterações climáticas.
Os temas escolhidos para as equipas são: água, energia e produção e consumo sustentável, esta última orgulhosamente representada pelo Oney Bank Portugal. Desta forma, ao longo da viagem, as equipas estão a monitorizar a sua pegada hídrica e carbónica e, ainda, dar resposta a desafios previamente definidos pela organização da corrida.
Cada equipa tem ainda um orçamento em climas - uma moeda fictícia que avalia as suas escolhas - que perdem ou ganham de acordo com as opções que fazem ao longo do percurso da viagem, como consumo de água, meios de transporte utilizados, alimentação, alojamento e performance ao realizar os desafios e tarefas. A equipa vencedora é a que terminar a competição com mais climas.
O que significa 'Climes to Go'?
Esta iniciativa nasceu de uma visão simples e objetiva:
1. Aumentar o envolvimento da sociedade nos compromissos assumidos durante a COP26 (Conference of the Parties - órgão deliberativo do organismo das Nações Unidas para as Alterações Climáticas);
2. A premissa de "Leaving no one behind" no que toca à mitigação das alterações climáticas.
E assim surgiu o nome que pretende ilustrar esta visão e o esforço contínuo dos doze participantes na viagem até Glasgow.
A primeira premissa do nome Climes to Go é o de 'caminho a percorrer'. Mais do que uma meta a cortar, a verdadeira riqueza desta iniciativa está naquilo que se vai apreendendo pelo caminho. Já segunda premissa é a de urgência. Cada vez mais e um pouco por todo o mundo, os fenómenos de alterações climáticas são notícia. É imperativo agir.
Assim sendo, os principais objetivos desta iniciativa são:
- Mobilizar a sociedade portuguesa para a urgente transição climática, através de um convite à participação direta de uma forma apelativa e desafiante.
- Demonstrar que o caminho da descarbonização rumo à neutralidade carbónica é possível, necessário e inevitável.
- Demonstrar a viabilidade dos diferentes modos de transporte (em alternativa aos combustíveis fósseis) para percorrer longas distâncias.
- Demonstrar a influência dos estilos de vida na nossa pegada de carbono, analisando o impacto das nossas escolhas e dos nossos comportamentos no dia a dia.
- Alertar para a necessidade de adaptação, tendo em conta os efeitos das alterações climáticas em especial em localizações mais vulneráveis.
As regras da corrida
1. Ponto de Partida
Cada equipa começa com um orçamento em “climas”.
Climas” é uma moeda fictícia que avalia as escolhas das equipas.
Climas = (x%)*dinheiro + (y%)*tempo + (z%)*CO2 + (w%)*água
Cada decisão por parte das equipas tem um custo em climas.
- Meios de transporte utilizados
- Alimentação
- Alojamento
3. Como se ganham climas?
Performance no cumprimento de desafios (inclui um desafio de voluntariado, trabalhado em equipa com os patrocinadores).
Impacto nas comunidades (por exemplo, engagement, reach, ou outras métricas a definir).
A equipa que, no final da viagem, apresentar o saldo mais positivo entre os Climas gastos e os Climas recebidos é a equipa vencedora. O prémio será definido com os parceiros.
COP26 - A Meta
A COP (Conference of the Parties) é o órgão deliberativo do organismo das Nações Unidas para as Alterações Climáticas.
Consegue imaginar o mundo inteiro sentado à mesa para salvar o planeta? Esta é a 26ª reunião dos países signatários da Convenção das Nações Unidas para o combate às alterações climáticas desde 1994 e representa para muitos observadores a última oportunidade para salvar a Terra.
Será assim em Glasgow que cerca de 25 mil pessoas estarão presentes para acompanhar, debater e chegar a acordo em relação às principais medidas a tomar para inverter o rumo das alterações climáticas.
Nesta conferência anual, cerca de 25 mil pessoas - entre os delegados de todos os países, chefes de estado, especialistas e negociadores - juntam-se para criar acordos coordenados para responder às alterações climáticas.
Em novembro de 2021, todos os decisores vão estar a olhar para Glasgow. Existe uma grande expectativa, pelo que esta conferência terá um grande mediatismo em Portugal e no mundo.
Objetivos da COP26:
1. Alcançar um empenho internacional (com contribuições e medidas concretas) para que exista um progresso exponencial na redução de emissões e um alinhamento pelas trajetórias de neutralidade carbónica na próxima década.
2. Aproveitar o período pós-pandemia covid-19 para uma reconstrução mais "forte e melhor" e para uma mudança verdadeiramente “transformadora".
3. Cimentar a ligação clima/natureza evidenciando as “soluções baseadas na natureza” - florestação e reflorestação, desflorestação evitada, etc., dado que esse é o caminho mais aceitável para que as empresas possam reclamar a contribuição para a neutralidade carbónica global.
4. Fecho do rulebook sobre o novo mercado internacional de carbono - o artigo 6 do Acordo de Paris.