Aluguer de Roupa

Um dia, todo o nosso guarda-roupa é alugado.

 

Se nos vamos divertir, precisamos da roupa certa! O problema é que o mundo da moda muda constantemente, bem como os nossos gostos e, por vezes, até mesmo a nossa silhueta. O que era tendência no verão passado deixa, simplesmente, de estar na moda.
Existem 2 soluções: ir às compras novamente ou optar por uma solução que está a ter cada vez mais sucesso: o aluguer.

O #oneday convida-o a tirar as medidas a esta tendência.

 

Ter versus utilizar.

O modelo não é novo. Transportes, equipamento doméstico, lazer…O aluguer já conquistou todo um conjunto de mercados e utilizadores.
O que poderá surpreendê-lo é a chegada desta tendência ao mundo da roupa.

 

Para uma ocasião especial.

Como acontece com outro tipo de artigos, o mercado começou a focar-se num nicho antes de se expandir para outras áreas. Em 2014, a startup portuguesa Chic by Choice (chic-by-choice.com) especializou-se no aluguer online de vestidos e de acessórios de festa. Com mais de 40 designers no seu portfólio, a plataforma tem mais de 4000 vestidos e acessórios à escolha, estando presente em mais de 15 mercados europeus. É possível alugar um vestido de cerimónia por 4 ou 8 dias, por um valor 85% inferior ao da venda. Com cada encomenda, a Chic by Choice entrega um segundo tamanho da mesma peça (com base no tamanho pedido pela cliente). Além do mais, tudo está incluído no valor que é pago: entrega, devolução da(s) peça(s), seguro e limpeza a seco, além de reembolso sobre todos os vestidos/acessórios que não tenham sido utilizados.

 

Também para bebés!

Existe um outro nicho de mercado – roupa de criança e bebé – ao qual o site dinamarquês Vigga se dedica desde 2014. O sucesso foi tanto que a empresa foi adquirida em 2019 pela Voyage e passou a designar-se Circos (www.circos.co). O modelo é simples: um serviço de subscrição mensal de roupa que acompanha o crescimento das crianças enquanto evita o desperdício, numa altura em que cada peça só pode ser utilizada durante apenas alguns meses (ou até mesmo semanas). Basta indicar o tamanho pretendido e, à medida que o bebé cresce e que as roupas anteriores deixam de servir, é possível escolher novas peças, com tamanhos maiores, entregues num novo pack. A entrega e a devolução das roupas são gratuitas. Além de roupa para bebés e crianças, a empresa também disponibiliza roupa de maternidade, para vestir durante a gravidez.
Outro exemplo, vindo do Reino Unido, é o do Bundlee (www.bundlee.co.uk). A subscrição começa nos €20 e cada pack é composto por 15 peças, um guarda-roupa “cápsula” escolhido à medida do tamanho e muda consoante a estação.

 

Todos podem experimentar!

O LE CLOSET, lançado em 2014, começou por disponibilizar um guarda-roupa completo para alugar: de vestidos a tops, num estilo mais ou menos informal. As subscrições começam nos €39 por mês, por 3 peças de roupa e 2 acessórios, e vão até aos €49, para roupa de maternidade. A startup está a posicionar-se no mercado de consumo sustentável e “zero desperdício”. E funciona: o site tem mais de 10 mil subscritores.

 

Alugar a passerelle: o ideal

O LE CLOSET é um sucesso moderado em França, a comparar com o parente americano: o Rent the Runway. Lançado em 2009, o site tem mais de 9 milhões de seguidores e um volume de negócios de 100 milhões de dólares. Em 2017, a empresa abriu a primeira loja física e, em 2018, fechou uma parceria com um dos líderes do mercado americano de têxteis de lar (edredões, lençóis, cobertores, cortinados, almofadas, etc.). Nos EUA, é uma forma de competir com a IKEA, que está a lançar um serviço de aluguer que abrange toda a oferta da marca em vários países.

Ideia Central

Apartamentos, bicicletas, cortadores de relva, roupas e agora têxteis de lar. Ao que parece, nada trava a economia de aluguer. Um novo modelo de negócio, apoiado por uma abordagem em muitos aspetos salutar, sobretudo no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável. Então: comprar ou alugar? E se, amanhã, tivéssemos ambas as oportunidades?