DNVB DIGITAIS + HUMANAS
Um dia, vamos dizer que as DNVB perceberam tudo!
São elas a Made.com, a ASOS, a TEDIBER, a WARBY PARKER…O que todas têm em comum é o facto de, num curto período, terem conseguido redefinir os mercados onde atuam, tornando-se na referência. Como? Ao aproveitarem a força da comunidade e a procura dos consumidores por algo com significado.
Construir uma comunidade.
Independentemente do setor, as Digitally Native Vertical Brands (DNVB) têm em comum o facto de terem adotado uma abordagem 100% centrada no cliente desde o dia um. Além do mais, na maioria das vezes, estas marcas estão diretamente ligadas ao consumidor final (digitalmente) e colocaram o consumidor novamente no centro da jornada do cliente e da experiência de compra.
É por esse motivo que a Casper deixa testar os seus colchões em casa durante 100 dias…E devolvê-los se não os acharmos confortáveis. A ASOS, talvez o mais bem-sucedido dos retalhistas online do Reino Unido, percebeu cedo a importância de estabelecer uma ligação próxima com a sua comunidade de consumidores “fashionistas”. Esta proximidade em muito contribuiu para o sucesso que este player de e-commerce tem no mundo inteiro e que é fortemente alicerçada nas redes sociais, nomeadamente no Instagram.
Encontrar significado, em toda a parte.
A outra principal caraterística das DNVB é a ligação emocional, e não transacional, que estabelecem com os seus consumidores. Os clientes com maior sentido de consciência procuram marcas que têm compromissos com iniciativas de solidariedade social. É o caso da marca francesa Sezane que, com o seu projeto “Demain” (Amanhã), está a direcionar recursos para instituições de solidariedade com o objetivo de apoiar programas de educação e cultura para crianças em risco. Ou da Warby Parker, marca norte-americana que por cada par de óculos sol adquiridos doa um par à Organização Não Governamental Vision Spring. Quatro milhões de pares foram já distribuídos. Nada mal para uma empresa lançada em 2010.
E não vão parar por aqui…
No seguimento do sucesso que têm tido online, as DNVB estão a investir em lojas de rua tradicionais, ao mesmo tempo que cultivam a diferença. Estas lojas são uma plataforma e um catalisador para a experiência do cliente, ao invés de uma cópia de uma loja web. E resultam! A Warby Parker, por exemplo, já conta com 90 lojas.
É bem claro: o que quer que as DNVB estejam a fazer, estão a fazê-lo bem!
Ideia Central
Se as DNVB estão a sair-se bem, é porque estão a ir ao encontro das necessidades dos consumidores que dão mais importância à qualidade do que ao preço, à experiência do que à variedade de escolha. Estes consumidores prestam atenção ao que é autêntico e ao que é ético. Agora, resta saber como vão as marcas mais tradicionais reagir a estes players. Vão optar por modificar o seu modelo de negócio? Vão juntar-se às DNVB? Ou vão chegar ao ponto de as adquirir? Só o tempo o dirá.