Embalagens degradáveis e comestíveis
Um dia, as embalagens dos alimentos são degradáveis ou comestíveis.
Um embrulho feito de algas, de folhas de banana ou de cana do açúcar... porque não? As embalagens de plástico já tiveram os seus dias. Agora chegou a hora das embalagens não-tóxicas, biodegradáveis e, até, comestíveis!
Milhões de toneladas de plástico estão a destruir o nosso ambiente.
As embalagens descartáveis tornaram-se no símbolo da poluição do plástico à escala global. E infelizmente as coisas estão a acelerar: só no período de 2000-2016 produzimos mais plástico do que o que foi produzido desde 1950. Se não forem dados passos rapidamente, a produção pode ainda aumentar mais 40% nos próximos 10 anos. Isto duplicaria a quantidade de lixo que há hoje na natureza. Perante este aumento quântico, os fabricantes e distribuidores estão cada vez mais a ter em conta as embalagens dos produtos.
Está na hora de (re)pensar as embalagens de forma sustentável.
Há alguns meses, a iniciativa LOOP pôs-nos a todos a falar. Esta plataforma de e-commerce trabalha com distribuidores que disponibilizam produtos do dia a dia com embalagens retornáveis. Mas mais e mais produtores alimentares têm dado voltas à cabeça com este problema, pensando em como as embalagens descartáveis talvez não tenham de ser um fardo para a natureza. Diversos ensaios estão a ser feitos, especialmente nas embalagens de frutas e vegetais.
Recentemente, a PINK LADY EUROPE apareceu com uma nova embalagem para as suas maçãs. Além de atrativas (foram desenhadas pelo ilustrador e designer espanhol Martin Sati), a embalagem é 100% de cartão FSC, e tem segmentos de célula de celulose vegetal e filmes degradáveis que protegem a fruta durante o transporte. Outros exemplos incluem a ADERCARTA, uma empresa italiana, que utiliza as embalagens de papel semitransparente PURA NATURA, que é resistente a rasgões e à humidade. E que tem a vantagem de poder ser degradável com o lixo orgânico ou reciclado com o papel tradicional.
As embalagens comestíveis estão a chegar?
Isso é o que a FEEL THE PEEL apregoa. Este espremedor de citrinos gigante (capaz de comportar 1500 laranjas) produz automaticamente sumo de laranja deliciosamente fresco servido num copo personalizado que é feito numa impressora 3D, a partir das cascas das laranjas espremidas para fazer o sumo. Enquanto a ideia, desenvolvida pela empresa italiana de design CARLO RATTI ASSOCIATION, em parceria com a fornecedora de energia ENI, é, por agora, apenas um protótipo, encoraja um comportamento de desperdício-zero.
Uma iniciativa semelhante à da OOHO com as suas bolhas de água ‘capturadas’ numa embalagem translúcida, feita à base de algas, que é totalmente comestível. Portanto, consciência + progresso técnico = zero embalagens descartáveis à nossa mesa? Bom, isso era o que gostaríamos!
Crédito Foto: PINK LADY EUROPE
Ideia Central
O que é demais é demais! As pessoas estão fartas à escala global e estão a forçar fabricantes e distribuidores a repensar as embalagens e embrulhos de forma mais eficiente. Degradável ou até comestível, a proteção dos alimentos deverá proteger também o nosso planeta.