Emissões de CO2

Um dia, pagamos as emissões de CO2 no checkout!

O leite do pequeno-almoço, a banana no lanche e a carne nos nossos hambúrgueres têm um custo. Um custo para o ambiente que ninguém está a pagar, exceto o planeta. Para sensibilizar os seus clientes para o consumo consciente, um supermercado alemão teve a ideia de mostrar o custo ambiental junto ao preço de venda. A consciência está no cesto de compras.

 

Quanto custam as emissões de CO2?

No coração do bairro comercial Spandau, em Berlim, os clientes do supermercado PENNY descobriram novos preços desde o início da temporada. Ao lado dos tradicionais autocolantes vermelhos “Verkaufspreis” (preço de venda), outros apareceram em verde com o texto “Wahre Kosten” (custo real). A ideia é sensibilizar os clientes de que os produtos que desfrutam também têm um custo para o ambiente, que não estão atualmente a pagar.

 

As emissões de CO2 podem aumentar os nossos custos de compras em 62%.

Embora o duplo preço só esteja disponível em relação a 8 produtos (bananas, carne picada, leite, mozzarella, maçãs, Gouda, batatas e tomate), merece reflexão. Olhemos para o exemplo da carne picada. Se tivéssemos de incluir as emissões de CO2 ligadas aos gases com efeito de estufa, a energia utilizada para a sua criação, transporte e embalagem, o preço por quilo passaria de 9 euros para 20,38 euros. É um aumento de 173%! O leite subiria 122%, a mozzarella 52% e o Gouda 88%. Não é de estranhar que os produtos menos processados e produzidos localmente, como maçãs e batatas, sejam os menos afetados (8% e 12%, respetivamente).

 

Como são calculados os custos de emissão de CO2?

Atualmente a decorrer num único supermercado PENNY, a experiência foi desenhada conjuntamente pela cadeia alemã de supermercados de descontos e por Tobias Gaugler. Este investigador do Instituto de Gestão de Recursos e Materiais da Universidade de Augsbourg conseguiu quantificar os danos causados ao ambiente por estes produtos de consumo e atribuir-lhes um preço. Embora não se pretenda fazer com que os clientes paguem este "preço verde", permite-lhes questionar as suas necessidades, as suas compras e a sua responsabilidade para com o ambiente. É uma responsabilidade que é cada vez mais assumida pelos próprios distribuidores, como demonstra o aumento do número de alternativas sustentáveis aos produtos do dia-a-dia.

Ideia Central

Depois do preço baixo vem o preço justo, o custo ambiental que tem em conta o impacto na natureza, como os gases com efeito de estufa e as emissões de CO2. Esta lei ecológica, que por enquanto é apenas para fins informativos, deve tornar-nos mais conscientes dos desafios e implicações do nosso consumo, se não quisermos pagar um preço mais pesado para o planeta no futuro.