Hotel Robots

Um dia, os robots garantem-nos as melhores férias.

 

Este Verão, é provável que passe férias num hotel. Perante a competitividade crescente de plataformas ao estilo Airbnb e os avanços tecnológicos, os hotéis estão a transformar-se. O #oneday abre portas a um novo tipo de hotelaria.

 

Isto era antes.

São 3 horas da manhã. Após uma viagem interminável e horas passadas em filas de trânsito, chega finalmente ao hotel. Não existe ninguém na receção para lhe dar as boas-vindas. Decide então tocar à campainha e esperar. Esperar por um funcionário que o receba, que o registe e que o leve ao seu quarto para que possa atirar-se para cima da cama. Talvez amanhã toda esta experiência pertença ao passado.

 

Robots e reconhecimento facial.

Durante 24 horas por dia, os clientes do hotel FlyZoo, em Hangzou, na China, demoram apenas 2 minutos a chegar da receção ao quarto.
O segredo? Robots, que substituíram o staff.
Os clientes ficam apenas a um metro de distância de robots humanóide que digitalizam rosto e passaporte em apenas alguns segundos.
Depois de completo o registo, o cliente entra no elevador, que também utiliza reconhecimento facial para dar acesso automático ao piso onde ficará alojado. À porta do quarto, esta só abre se reconhecer o rosto do ocupante.

Temperatura, iluminação, serviço de quarto e até mesmo o pagamento da conta…Tudo acontece sem qualquer intervenção humana. Por detrás desta nova geração de hotéis está o gigante tecnológico Alibaba.

 

O objetivo: testar o nível de aceitação dos clientes.

A tecnologia está a postos, mas estão as pessoas prontas para ultrapassar as interações humanas e sociais neste contexto? Este é o verdadeiro desafio, mesmo sabendo que em países como a China o nível de aceitação deste tipo de tecnologia é elevado e está já integrado nas vidas de milhões dos seus habitantes. A aceitação pode não ser tão elevada para Europeus e Americanos, que ainda estão a experimentar outros serviços relacionados com inteligência artificial.

 

Olá, Connie!

Nos EUA, a célebre cadeia hoteleira Hilton está a testar um robot concierge. O Connie (uma referência ao fundador do grupo, Conrad Hilton) é um robot humanóide baseado no Watson, a inteligência artificial da IBM, que está no lobby para disponibilizar aos clientes informação sobre serviços e atividades locais, e para responder a pedidos. Ao invés de substituir o staff, o Connie liberta-o para tarefas que exigem mais tempo e um serviço mais personalizado.

 

Voos, menus e selfies.

Em Portugal, o robot Sanbot já passou pelo lobby de uma unidade hoteleira da Turim Hotels, em Lisboa, e pelo lounge dos hotéis IHG, no Porto, em duas experiências piloto. Este robot, também ele humanóide, é produzido por um fabricante chinês e desenvolvido também em parceria com a IBM. Em Lisboa, cumprimentou os hóspedes, tirou selfies, deu informações sobre pontos turísticos na cidade e ajudou a consultar informações sobre voos. No Porto, o Sanbot interagiu com os hóspedes através de um quizz que dava direito a ofertas.

Ideia Central

Nada escapa à disrupção…nem mesmo as férias! Chegou a hora da indústria hoteleira reinventar a experiência do cliente. O setor enfrenta dura concorrência e está a voltar-se para a tecnologia para conquistar clientes, que estão cada vez mais exigentes e menos disponíveis para esperar. Vão os robots substituir o atendimento humano ou ajudar a acrescentar valor ao nível do serviço?