Minimalismo

UM DIA, ‘o menos é mais’ é um modo de vida.

 

E se ter menos significasse viver melhor? Em qualquer dos casos, é esta a abordagem que está atualmente a crescer cada vez mais. Artigos de imprensa, blogs e programas de TV, tudo nos encoraja a descarregar e reorganizar as nossas casas e as nossas vidas, de maneira a encontrarmos serenidade e qualidade de vida. Será que chegámos ao fim da nossa sociedade de consumo?

 

“Apenas guarde o que lhe deixa realmente feliz.”

É assim que a Marie Kondo sugere que organizemos os nossos bens. Há vários anos que esta senhora japonesa está em todo o lado: livros, programas de TV e agora numa loja online. A alta sacerdotisa da organização é convidada para as casas sempre com o mesmo mote: “Ter menos para viver melhor”. Mais do que uma abordagem, é um modo de vida que vai para além de arranjar mais espaço. O sentimento de posse é compreendido como importante há muito tempo, mas a acumulação é agora posta em causa.

 

O Minimalismo está a tomar conta das casas.

Se for preciso mais para o convencer, basta folhear revistas de decoração: mobília, cores, disposição… a moda é claramente minimalista. O estilo de vida é baseado no balanço e na simplicidade. Aqui também fazemos uma reorganização. É aí que está o segredo: esvaziar os interiores permitirá esvaziar as nossas mentes e focar-nos no essencial para vermos mais claramente e libertar o fardo mental, que tem ficado cada vez mais pesado, ao longo dos anos. Menos mobília, menos objetos espalhados significa menos limpezas e menos tempo à procura das coisas. Logo, mais tempo para si.

 

Já ouviu falar dos “frugalistas”?

É o tempo do movimento frugalista. Para os seus seguidores, a ideia é parar de trabalhar o mais cedo possível (idealmente por volta dos 40) e ter um plano de reforma para manter a independência financeira. O lema é IFRC: Independência Financeira, Reformar Cedo (ou FIRE: Financial Independence, Retire Early) e é cada vez mais popular nos EUA e no Canadá.

É um processo duplo: construir rapidamente bens que possam crescer (investimento em propriedades, ações, etc.) e viver bem economicamente. Algumas famílias não têm problemas em verem-se livres de bens e viver em casas mais pequenas. Será o fim da nossa sociedade de consumo, tal como a conhecemos? Sem dúvida, mas com bens que são mais duráveis, reparáveis e que o seu valor tome precedente sobre o preço.

Ideia Central

Decrescimento, menos consumo, frugalidade, estas ideias estão a ganhar popularidade à volta do mundo e podem ser resumidas a um único conceito: minimalismo. Ter menos, mas ter melhor.