Rótulos Independentes
Um dia, tenho um rótulo que me diz TUDO.
O café está assinalado como “orgânico”. Mas se viajou de avião desde o Perú é melhor para o ambiente (e para a minha consciência) do que o café de uma marca não orgânica, mas local? É este o tipo de questões – que muitos apelidariam de dilema – que os consumidores continuam a enfrentar. Entre os rótulos e as apps que estão a tentar simplificar as nossas vidas, em quem devemos acreditar? Em quem podemos confiar? Quem está em melhor posição para informar o consumidor?
Um rótulo duplamente importante.
Produtores e fabricantes sabem da importância dos rótulos para o consumidor. Para muitos, consumo ético significa escolher produtos que têm rótulos ou certificações. É por isso que vemos cada vez mais rótulos deste género nos corredores dos supermercados. Da ética aos rótulos existe, porém, um mundo de diferença. Não surpreende que o mercado das apps de verificação de rótulos esteja em ascensão.
“Fact-checking” e “self-scanning”.
Numa altura em que a transparência total é fundamental, não há porque não fazer scan a um artigo com uma app como a YUKA, a BUYORNOT e a OPENFOODFACTS (para comida) ou a FAIR CLOTHES (para a moda) antes de o colocar no cesto.
Além do mais, 92% dos utilizadores da YUKA confirmam ter colocado um artigo de volta na prateleira por este estar assinalado com “bandeira vermelha” na app. Este comportamento incita a que os fabricantes reexaminem as suas receitas e processos de fabrico para tirar os seus produtos da zona de perigo, que é uma ameaça à faturação. E, apesar de ser independente, a app disponibiliza informação simplificada que facilita a leitura dos rótulos. Em quem podemos, então, confiar?
E os fornecedores?
No fim de contas, os fornecedores são quem melhor conhece os fabricantes e os consumidores. Ao cruzarem dados de clientes com dados de produtores, podem estar na posição perfeita para disponibilizar determinados produtos a cada pessoa, tendo em conta os seus valores e as suas exigências. Uma app que se adapta ou um rótulo personalizado que tem em conta tanto as alergias como a ética de cada pessoa. E se pudéssemos ganhar a batalha pela tranquilização do consumidor…enquanto conquistamos a sua lealdade?
Crédito foto: Yuka