Saiba como consumir (Bem)
UM DIA, as nossas aspirações correspondem ao nosso consumo.
“Diga-me o que consome e dir-lhe-ei quem é!” Atualmente, seria complicado aplicar esta fórmula, porque a maioria de consumidores são paradoxais. Felizmente, estamos a ficar mais atentos, mas o caminho ainda é longo…
“Faça o que eu digo, não o que faço”.
Isto resume a maneira como fazemos as coisas. Por exemplo, de tempos a tempos comemos carne nos restaurantes e, ao mesmo tempo, somos vegans em casa. Compramos em lojas de produtos orgânicos, mas corremos para os saldos. Conduzimos SUVs mas fazemos campanha para o lixo composto nos nossos bairros. Criticamos as políticas da Amazon, mas somos clientes. Em suma, somos contraditórios.
De quem é a culpa?
Consumidores, cujas aspirações e valores vacilam e são precários, num mundo em mudança constante. Outro culpado, sem dúvida, são todos os requisitos que as marcas e distribuidores impingem aos consumidores. Quem foi encorajado a beber água da torneira ultimamente? Poucos. Muito pelo contrário, somos encorajados a matar a sede com água engarrafada, cada uma melhor que a anterior, aumentando a poluição mesmo à frente dos nossos olhos. Será que temos mesmo de seguir todas as ditaduras da publicidade? Claro que não!
Vida Longa a terceiros de confiança!
Blogs, plataformas, apps… à medida que a necessidade de consistência cresce, os consumidores podem virar-se para canais de informação que trazem clarificação aos hábitos de consumo, mas permitem viver de acordo com as suas necessidades.
O melhor exemplo desta nova forma de pensar é a App YUKA, em França. Já está instalada em 11 milhões de dispositivos. Esta App ao revelar os conteúdos de produtos alimentares está a contribuir para a evolução do mercado. É por isso que o Intermarché já removeu 142 aditivos de 900 dos seus produtos de marca branca.
Como se pode ver, os consumidores podem mudar o mundo.
Ideia Central
Crenças e consumo nem sempre andam de mãos dadas. Mas com novos “players” no mercado a monitorizar e a medir apps, os tempos estão claramente a mudar. E se a verdade e a transparência forem os principais valores de amanhã?